quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mercado precisa amadurecer e, para isso, é preciso revisar os investimentos para a unificação das bases de dados das companhias.
Por Daniel Lázaro, líder para a prática de Analytics e Gestão da Informação da Accenture na América Latina.

Diz o ditado que uma alavanca pode mover o mundo. É verdade, mas no caso das organizações, só isso não basta. É preciso saber a direção que se quer tomar e aliar conhecimento e inovação para alta performance. As aplicações de analytics são um exemplo claro disso. As empresas utilizam desta facilidade de forma tática. Dentre os motivos apontados como impeditivos para a total absorção dessa ferramenta estão a falta de profissionais qualificados, o alto custo da integração e, em muitos casos, a morosidade na implantação.

A adoção de novas tecnologias e ferramentas já disponíveis pode e deve auxiliar na seleção e uso das informações em tempo real. A mobilidade, por exemplo, é uma tendência global e deverá impulsionar a adoção de analytics nas empresas, de forma a facilitar o acesso às informações e a tomada de decisões. De acordo com uma pesquisa do Gartner, 33% das funcionalidades de Business Intelligence (BI) serão realizadas a partir de dispositivos portáteis até 2013.

As mídias sociais são um ambiente importante para aprimorar a interação com o consumidor. A evolução do mercado mostrará que as ferramentas tradicionais de branding e de apresentação de marcas não mostram mais resultados satisfatórios para as empresas. Hoje, os consumidores podem alterar a percepção de uma marca ou até remodelar uma nova identidade. Com analytics, é possível acompanhar e estudar o que o público entende e fala sobre a organização e seus produtos.

Em uma pesquisa conduzida com empresários durante a Premier Business Leadership Series Conference, realizada em Cingapura, em agosto desse ano, 32% dos consultados afirmaram que utilizam analytics de forma tática; já 27% informaram que a análise estava integrada somente em seus projetos ligados aos negócios principais da companhia. Cerca de 5% revelaram não utilizar ferramentas de análise de dados.

Isso mostra que o mercado precisa amadurecer e, para isso, é preciso revisar os investimentos para a unificação das bases de dados das companhias, o que muitas vezes afasta essa ação do topo das prioridades das empresas. No entanto, é cada vez mais visível a necessidade da aplicação do uso de ferramentas de análise não somente na coleta das informações, mas também no desenvolvimento de processos de negócios.

Outro ponto essencial são os talentos envolvidos. É preciso investir na capacitação dos profissionais para que a extração das informações tenha um perfil estratégico e esses dados cheguem às áreas envolvidas na organização com inteligência de análise.

O uso intenso e correto das ferramentas de analytics traz para as empresas a habilidade de previsibilidade. Basta observar o ambiente competitivo de negócios atual para se deduzir que estar um passo a frente da concorrência e poder “prever” o que o cliente deseja não será futurologia, mas uma necessidade.

Fonte: CIO Opinião

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