quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cabe ao gestor de TI a tarefa de explicar para os demais departamentos o papel da área de tecnologia e o que pode ser esperado dela
Por Martha Heller, da revista CIO/EUA


A mais poderosa arma para o CIO vencer seus desafios atuais é ter uma empresa na qual o CEO, o CFO e os demais executivos entendam o que a TI pode fazer pela organização e o que o gestor da área de tecnologia espera obter em troca. Mas quem deve educar esses líderes?

Até consigo ouvir os CIOs reclamando que o ônus é todo deles. Mas eles não deveriam prover um mínimo de conhecimento de TI para seus parceiros das áreas de negócios?

Para o CIO seria muito mais fácil trabalhar em um ambiente no qual as pessoas respeitem a TI e os serviços fornecidos por ela? Isso se reverteria em facilidade para investimentos em novos projetos e em um apoio das diversas pessoas da empresa para que a área de tecnologia consiga implementar as iniciativas.

Na prática, o CIO deveria montar um pequeno MBA para os gestores da empresa e que inclua os seguintes módulos:

Básico: Explicar quais as tecnologias utilizadas nas corporações. “Como consumidores, os estudantes acham que entendem como a tecnologia funciona, mas frequentemente eles conhecem apenas algumas palavras”, diz o CIO da CUNA Mutual Group, Rick Roy. “Eles precisam preencher os espaços sobre hardware, software, banco de dados, redes e segurança. Então quando alguém em uma reunião diz ‘Isso foi um problema de firmware’ ele não acha que é um aplicativo para o iPhone.”

Desenvolvimento e Entrega: Dá uma visão geral de metodologias de desenvolvimento de software e explica o papel que os negócios desempenham na entrega de projetos. “Se executivos tivessem conhecimento disso, poderíamos acabar com os desafios de estabelecer os requerimentos dos projetos e assegurar os recursos e o suporte necessário”, explica o CIO da Time Warner, Bill Krivoshik.

Governança: Descreve o processo de decisão dos investimentos de TI. “Esse módulo ensina a entender quando o departamento de TI deve tomar decisões importantes e quando não”, afirma Roy.

Finanças: Cobre fundamentos de ROI (retorno sobre investimento), amortização, depreciação, e custos de TI fixos e variáveis. “Seria de muita ajuda se os profissionais entendessem o motivo de pacotes customizados serem mais caros para se manter”, exemplifica Krivoshik.

Tendências emergentes: Por mais que executivos não precisem de detalhes técnicos de virtualização, software-como-serviço e computação em nuvem, eles devem entender as implicações de negócios dessas tendências oferecidas a eles.

O lado sombrio: “Como CIOs, nós temos de focar em boas coisas que a Internet pode fazer, mas existe um lado sombrio que também é preciso entender”, explica Charles Beard, que acaba de deixar o cargo de CIO da SAIC para assumir a área de cibersegurança da GM. “O que acontece com os dados da empresa são roubados em um ciberataque? Programas de MBA falham ao não falar sobre as implicações nesse mundo cada vez mais conectado.”

Fonte: CIO Carreira

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