segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Por José Augusto Pereira Brito (*)

A construção de uma carreira profissional de CIO, como ocorre em outras atividades executivas, é composta por fatores que transcendem as decisões puramente racionais, e incluem os sonhos, os desafios, a satisfação no trabalho, as oportunidades e as compensações, tudo isto associado a uma formação continuada e multifacetada.

Desde a minha época de graduação em engenharia, na década de 80, a computação despertou em mim a visão de que os computadores revolucionariam os processos das organizações. A partir daí busquei competências no desenvolvimento e uso de sistemas que alavancariam as oportunidades, a produtividade e a rapidez nos projetos de engenharia, resultados estes típicos dos profissionais com dezenas de anos de experiência profissional. A computação permitia a aplicação prática e rápida de teorias, métodos e experiências na forma de sistemas informatizados.

No final da graduação, uma premiação pelo MEC do Brasil e governo do Japão me possibilitou uma vasta gama de experiências e aprendizados multidisciplinares naquele país. Associadas ao gosto pela tecnologia e pela inovação, esses foram os fundamentos do estímulo para que eu continuasse investindo muitos anos no aprendizado de novas competências, tanto acadêmicas e de pesquisa quanto técnicas e executivas.

Com o advento da internet no Brasil surgindo nas instituições onde eu estava estudando, presenciei o impacto das inovações tecnológicas na redefinição da computação e das relações virtuais entre pessoas, organizações e mercados. Esta visão foi mais um estímulo para continuar a buscar outras formações e competências como os cursos de tecnologias para internet no Instituto Infnet-RJ, de e-business e educação a distância na Fundação Getúlio Vargas-SP e o doutorado em comunicação, tecnologias e processos políticos virtuais na USP.

Após vários anos em diversos setores da engenharia, tive a oportunidade de trabalhar no segmento de tecnologias inovadoras aplicadas, inicialmente, a instituições de educação básica e, posteriormente, nas de nível superior.

Logo que vim para o Mackenzie, em 1999, busquei conhecer pessoalmente muitas renomadas universidades em vários países. Foram experiências, dentre outras tantas, que balizaram minha visão para os anos subsequentes: planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo, adoção e inovação na aplicação de tecnologias da informação, empreendedorismo, valorização da ética e da cidadania, internacionalização e novas culturas, foco nos negócios e a busca por resultados.

Portanto, o investimento contínuo na formação, associado a uma visão mais ampla, maximiza os resultados em todos os ciclos ao longo da vida profissional.

(*) José Augusto Pereira Brito é CIO do Mackenzie e escreveu o artigo especialmente para a InformationWeek Brasil 224

Fonte: CIO Insight

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