sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Por Jorge Sukarie (*)
Atualmente é inevitável não falar em Computação na Nuvem. Primeiramente, o CIO deve entender o conceito e identificar como o “Cloud Computing” pode trazer benefícios para os negócios da empresa em que trabalha: sem dúvida nenhuma, existem vários cenários onde isso pode acontecer. A nova oferta não se propõe a substituir ou endereçar todas as necessidades da TI, mas seguramente pode ajudar a agilizar, e até a viabilizar, muitos negócios que antes exigiam investimentos iniciais agressivos.
Esta oferta pode ser utilizada por todos os portes de empresas, que muitas vezes necessitam da flexibilidade que só uma opção com o conceito na nuvem, com alta disponibilidade, sem restrição de acesso, pode permitir. Com o “Cloud Computing”, a empresa consegue mobilidade, com custos de TI na medida do uso. Para as instituições pequenas, a ferramenta é um grande avanço: estas empresas têm a possibilidade de usar a mesma tecnologia que as médias e grandes utilizam, pagando apenas pelo o que for usado, sem a necessidade de fazer investimentos antecipados como, por exemplo, o de se comprar um servidor para ter um portal, ou acesso a e-mail, sem custo de contratação de um técnico dentro da empresa, ou investimento em Hardware. Para grandes companhias, que possuem a preocupação com a segurança, privacidade dos dados, e governança corporativa, o “Cloud Computing” possui aplicações que podem se encaixam neste contexto. Cabe ao CIO buscar essas soluções para trazer competitividade e aumentar a produtividade dos colaboradores.
O fenômeno da “Consumerização de TI” está diretamente ligado com a alta disponibilidade de dispositivos para os Usuários. Para se ter idéia, em 2009, para cada 15 celulares, havia um smartphone. Em 2011,a cada dois celulares, um é smartphone, resultando em um número maior de usuários com a possibilidade de acesso a dados corporativos. Devemos lembrar também do poder e flexibilidade que os Tablets trazem ao usuário, e agora estes dispositivos terão incentivo do Governo, o que deve aumentar ainda mais rapidamente sua adoção. Atualmente é muito comum um usuário possuir três ou quatro dispositivos móveis, e nem sempre estes dispositivos foram fornecidos pela empresa: muitas vezes a companhia sequer tem conhecimento de sua existência dentro do ambiente corporativo. Este novo cenário traz um grande desafio aos CIOs, não só no que tange a definição de políticas de uso e de segurança, mas também na geração de conteúdos para estes novos dispositivos.
Outro assunto que vem desafiando os executivos de TI é a virtualização: apesar do tema não ser novo, já que o conceito vem da época de Mainframe nos anos 1970, a possibilidade de se trabalhar com uma variedade de plataformas de software sem ter um aumento no número de hardwares, traz um alto grau de portabilidade e flexibilidade, proporcionando um uso eficiente do processamento. A virtualização de servidores e de desktops permite a diminuição de máquinas físicas o que implica na redução de custos com espaço físico, energia elétrica, refrigeração, cabeamento, suporte, entre outros.
O segredo para a boa produtividade dos CIOs, e de como a área de TI impacta os negócios de uma companhia, está diretamente ligado ao sucesso em manter uma equipe profissional competente, e sempre atualizada nas novas tecnologias. Acompanhar o ritmo frenético destas novidades é outro desafio a ser superado.
(*) Jorge Sukarie é presidente da Brasoftware e vice-presidente do Conselho da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software)
Fonte: TI Inside