Archive for fevereiro 2014

11 maneiras de melhorar a produtividade de sua equipe

CIOs, bem como outros líderes de TI e especialistas de produtividade partilham suas dicas de como melhorar o fluxo de trabalho e tirar o máximo proveito de suas equipes
Por Jennifer Lonoff Schiff, jornalista e escritora para revista CIO/EUA


1. Estabeleça metas - e seja "Agile"

"Seja ágil na sua definição de metas", diz Zubin Irani, co-fundador e CEO da cPrime , consultoria de gestão. "Estabeleça metas para o trimestre - e quebre o trabalho em pequenos pedaços que possam, em seguida, serem facilmente atribuídos e gerenciados."

2. Comunique metas, expectativas e papéis

"Forneça aos membros da sua equipe informações básicas e a visão estratégica por trás de cada projeto, atividade, tarefa, etc", Hussein Yahfoufi, vice-presidente de Tecnologia e Serviços Corporativos da OneRoof Energia. "Bem informados, os funcionários ficam mais motivados e se sentem mais envolvidos com os projetos e os objetivos da empresa."

"Todo mundo na equipe deve saber qual é o alvo no qual estão atirando e o que será considerado sucesso no final de sua jornada", acrescenta Tony McClain, sócio-diretor e conselheiro da Geneca.

"É preciso ser absolutamente claro sobre o papel que desempenham no projeto e como eles vão ajudar a equipe a chegar à linha de chegada", disse McClain. "É extremamente importante que todos os membros da equipe conheçam e entendam do que eles são parte e por que eles existem no que se refere à sua organização."

3. Forneça ferramentas e infraestrutura que promovam a colaboração e a eficiência

"Esta é basicamente a regra fundamental para qualquer gestor de TI", diz Wes Wright, CIO do Hospital Infantil de Seattle. "Mesmo o melhor time é tão eficaz quanto os recursos e sistemas que utilizam no dia a dia", diz ele. "Se você quiser tirar o máximo proveito de sua equipe de TI, invista em ferramentas adequadas. Implante soluções intuitivas que ajudem os usuários a reduzirem horas manuais e melhorem a precisão na identificação de problemas de rede, por exemplo."

"Implemente uma estrutura que dê visibilidade e métricas compartilhadas para o desenvolvimento e as equipes de TI, de modo que a saúde de uma aplicação [ou projeto] seja facilmente vista pelos integrantes das equipes, uma vez operacionais e que problemas possam ser resolvidos mais rapidamente", diz Andi Gutmans, CEO da Zend.

"Ter recursos tecnológicos que permitam a comunicação através de sucursais/locais quando se trabalha em um projeto cross-escritório é uma obrigação", acrescenta Aaron Weiss, diretor de Marketing, HP LaserJet e Enterprise Solutions . "Os gerentes de TI e CIOs devem ser capazes de gerar relatórios de status do projeto, facilmente, através do uso de sistemas de gerenciamento de documentos em nuvem que permitam que as equipes forneçam atualizações para o documento de status."

Além disso, "os CIOs podem melhorar a eficiência da organização através da implementação de uma solução, independente de plataforma, que permita aos usuários sincronizar arquivos de trabalho importantes e acessá-los a partir de qualquer dispositivo, em qualquer lugar, a qualquer hora", observa Ross Piper, vice-presidente de Estratégia Empresarial no Dropbox .

4. Agilize o fluxo de trabalho - E reduzir tarefas desnecessárias

"As equipes querem entregar coisas grandes e às vezes só precisamos eliminar as barreiras", diz Charles Galda, CIO da GE Capital . "Temos um programa chamado TAP (Tecnologia de Aceleração Produtividade), que dá dicas simples sobre como usar a tecnologia melhor, encontrar o melhor momento para uma reunião com funcionários que trabalham em diferentes fusos horários, etc", diz ele.

"Nós temos o hábito de rever continuamente aprovações e notificações dos gerentes, por isso sabemos quando determinadas tarefas já não agregam valor e podem ser eliminadas. A eliminação de etapas desnecessárias mantém ritmo, tornando-nos mais rápido e mais ágeis na resposta aos clientes. "

Além disso, pergunte a si mesmo: "Será que cada formulário, relatório de atualização de status, e-mail, mensagem e reunião é realmente necessário?" diz Steven A. Lowe, fundador / CEO da Innovator LLC.

"Se uma tarefa a ser feita, obviamente, não contribui diretamente para o objetivo em questão, veja se ela pode ser simplificada ou suprimida", diz Lowe. E "peça para a equipe sugestões sobre formas de agilizar os processos e sobre que tarefas, ainda necessárias, poderiam ser feitas por outros."

5. Realize reuniões regulares - Mas cuidado para não cair na armadilha de reuniões excessivas

"Reuniões são uma oportunidade de compartilhar a visão departamental com a equipe e fazer com que todos estejam na mesma página", observa Mazin Abou-Seido, diretor de Tecnologia da Informação da Halogen Software. "Descobrimos que, compartilhar o objetivo e o andamento de cada etapa realizada para atingi-lo [nas reuniões mensais e trimestrais] dá para toda a equipe uma melhor compreensão do que estamos tentando realizar e incentiva todos a trabalharem em conjunto para alcançar objetivos comuns."

Basta ter cuidado para não cair na armadilha da reunião excessiva. Agende reuniões de equipe ou departamento uma vez por semana ou uma vez por mês, e certifique-se que o dia ea hora estejam reservados na agenda de todos.

6. Reduza relatórios

"Você contratou pessoas inteligentes e talentosas, aptas a fazer o trabalho. Agora deixe-as fazê-lo", diz Jonathan Bruskin, consultor de liderança e gestão da Excella Consulting . "Microgerenciamento e supervisão pode matar a criatividade e a motivação", observa ele. "CIOs, executivos e gestores de projeto podem aumentar a produtividade de suas equipes, comunicando metas e evitando obstáculos administrativos."

Além disso, "reduza a quantidade de relatórios que eles precisam fazer, para que possam se concentrar no trabalho a ser feito", aconselha Christian Buckley, diretor da Metalogix. "Se mais de 10% do seu dia é gasto na produção de relatórios sobre o trabalho que estão fazendo, há algo fundamentalmente errado", diz ele. "Constantemente, revise e refine relatórios para manter suas métricas otimizadas."

7. Forneça feedbacks em tempo real - Tanto positivos quanto negativos

"Reconheça imediatamente e publicamente as realizações dos membros da equipe", diz Halley Bock, CEO e presidente da Fierce. "Por outro lado, aborde questões ou áreas que precisam ser melhoradas imediatamente. Feedbacks de desempenho em tempo real capacitam os indivíduos a tomarem posse de seu trabalho, gera confiança e permite que eles saibam onde eles estão em todos os momentos."

8. Afaste distrações

"Determine etapas do trabalho onde o mensageiro instantâneo deve ser desligado e as reuniões, evitadas", diz Nathan Gilmore, co-fundador da TeamGantt. "Ter horas ininterruptas de trabalho pode fazer a produtividade da equipe subir."

9. Implemente um programa inteligente de pagamento por performance

"Na Halogen nossos funcionários definem as metas a cada trimestre, em linha com os maiores objetivos da empresa", diz Abou-Seido. "Como parte de nosso programa de remuneração por desempenho, as metas individuais dos funcionários estão vinculadas a nossa Gestão por programa (MBO), que oferece bônus trimestrais", diz ele.

"Além de metas individuais, os membros das equipes também têm metas compartilhadas, que incentivam a colaboração e o trabalho em equipe. Empregados trabalham com os seus gestores para definir seus objetivos, e, como tal, são envolvidos no processo eestão altamente motivados para alcançá-los", diz Abou -Seido.

10. Ofereça oportunidades de desenvolvimento

"Dê aos trabalhadores uma oportunidade de intensificar e assumir um novo desafio ou responsabilidades", diz Bock. "A oportunidade de desenvolvimento individual mostra para toda a equipe que há oportunidades de aprendizado e de avanço disponíveis", diz ela. Também ilustra que, como um líder, você está disposto a arriscar, e confia em que os funcionários farão o seu melhor para serem bem sucedidos.

11. Alimente-os. Literalmente

Há uma razão pela qual as empresas oferecem comida de graça, como faz a Google. "Certifique-se de manter o bem estar de sua equipe", diz Gina Hunter, da Groopt.

"Às vezes só precisamos de uma pausa para o lanche para nos manter mais ativos ao longo do dia", diz Hunter. E "é muito mais conveniente [e produtivo] ser capaz de pegar algo no escritório, em vez de andar pela rua."


Fonte: CIO Gestão
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
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State of the CIO 2014: aumenta o número de CIOs que se reportam aos CEOs

As notícias são boas: mais CIOs estão ganhando credibilidade empresarial e conquistando espaço como estrategistas de negócios
Da Redação da Revista CIO


Alguns CIOs aspiram se reportar ao CEO como uma forma de ganhar mais visibilidade para a TI e atenção para as principais decisões a tomar. Em vez de gastar os seus dias nos detalhes das operações de TI e de gestão de custos, ou na implementação de sistemas de suporte a processos de negócio, um número crescente de CIOs quer cada vez mais trabalhar na estratégia de negócios e identificar maneiras de incorporá-la em produtos, serviços e nos novos modelos de negócio.

Então temos boas notícias. Na 13ª edição da pesquisa anual State of the CIO, 25% dos 722 CIOs entrevistados relatam que o grupo de TI é percebido pelos colegas como um verdadeiro par da área de negócios, capaz de criar e lançar novos produtos e abrir novos mercados. Controlam a maioria - 65% - dos gastos com TI. Têm uma excelente relação com o CEO, reportando-se a eles com assento no comitê executivo. E como o CEO e os outros executivos C-level, esses CIOs desfrutam de remuneração extra quando a empresa atinge metas de vendas e de lucro.

Tem mais: 44% dos CIOs se reportam ao CEO, índice acima dos 39% registrados no ano passado. E a maioria deles vem conquistando um tempo significativo para se concentrar na construção de relacionamentos com líderes empresariais, Alguns dedicam até 25% uma semana típica a essa tarefa. Agora, muitos já se questionam o que eles querem para si.

Os números revelam que a profissão de CIO está mudando rapidamente em um ambiente onde colegas olham cada vez menos para um grupo de TI tradicional como um obstáculo para o sucesso corporativo. Segundo os resultados da pesquisa, 48% dos CIOs reconhecem que os seus grupos de TI ainda são vistos pelos colegas de trabalho como um centro de custo ou provedor de serviços. As principais atividades desses CIOs são melhorar as operações de TI, a implantação de novos sistemas e o controle dos custos de TI. O gerenciando crises de TI também aparece no topo da lista. Isso soa como uma descrição do trabalho CIO de 1995. Para esses CIOs, deixar de tomar decisões do dia a dia de TI obriga a cultivar equipes de gerentes capazes de manter as luzes acesas e a execução de projetos dentro do escopo, prazo e orçamento.

Descompasso


O novo papel do CIO, no entanto, requer muita atenção. Há diferenças gritantes em que os CEOs querem este ano, de cada tipo de CIO. CIOs vistos como gestores de um centro de custo devem terminar um grande projeto da empresa, simplificar a TI e cortar gastos com tecnologia. Já os CIOs estratégicos estão sendo convidados a liderarem os esforços de inovação de produtos e de expansão global.

Essa polarização ameaça a vitalidade do papel do CIO. A divisão não é devido apenas aos CIOs aparentemente menos capazes, mas também ao fato de, diante de transformações radicais dos modelos de negócio, os líderes muitas vezes também não saberem bem o que querem. O risco? Um CIO estratégico em uma organização que vê a TI simplesmente como um centro de custo a ser gerenciado são tão incompatíveis quanto um CIO tático tentando manter-se em um lugar que exige novas ideias de TI.

A angústia dos CIOs é grande. Enquanto 86% dos CIOs ouvidos dizem que o seu papel está se tornando mais importante para a empresa e 90% dizem ser um CIO é cada vez mais desafiador, apenas 65% dizem que o papel do CIO está se tornando mais gratificante. Mas o mais preocupante é que 28% dos entrevistados dizem que se sentem sendo postos de lado.

Chaves para o sucesso


Quando você conversa com CIOs sobre como eles pensam e o que eles fazem, dois temas principais emergem: remuneração variável e clientes.

Entre os CIOs pesquisados, 61% têm parte de sua remuneração vinculada a um objetivo específico traduzido em receita ou lucro corporativo. Estes CIOs também têm diferentes prioridades e expectativas em comparação com os 38% dos CIOs cujos pagamentos não estão vinculados a um desempenho financeiro. Essas prioridades e expectativas se enquadram na categoria de itens estratégicos, voltados para o exterior, como a melhoria de produtos e serviços, e o crescimento nos mercados emergentes. Em outras palavras, o tipo de empreendimentos discutido em reuniões privadas do conselho de administração.

E embora o foco do cliente seja uma prioridade alta, quase a metade dos CIOs pesquisados (47%) tem dificuldade em obter da sua equipe de TI foco nos negócios e nos clientes. Este número sobe para 50% entre os participantes de fora da América do Norte (42%). Os CIOs que não conseguem reorganizar o pessoal técnico para atender a este novo mundo, acabam tendo um única saída: substituí-los.

O lado ruim


O que você imagina para o seu futuro profissional influencia a forma como você executa hoje. Para alguns CIOs, as coisas parecem ruins: 28% dizem que o papel do CIO está sendo "marginalizado" e 52% dizem que o futuro do CIO será focado em empreiteiros de gestão, nuvem e outros prestadores de serviços de TI.

Embora sejam a minoria, esses 28% que se sentem marginalizados são dignos de atenção. Seus comportamentos e atitudes podem indicar sérios, mas talvez corrigíveis, problemas organizacionais. Por exemplo, esses CIOs que dizem que o grupo de TI é percebida pelos colegas como um centro de custo são muito mais propensos a se sentirem marginalizado. Eles provavelmente estão sob intensa pressão para reduzir os custos de TI a partir da velha escola de CEOs e CFOs. Isso não é divertido. Também não é bom para o futuro da empresa que estão vendo seus negócios se tornarem mais digital. Alguns CIOs estão prontos. Outros não. Muitos estão presos em algum lugar no meio, lutando com a política interna e estilos de gestão antigos, bem como com forças econômicas e competitivas externas que jamais haviam visto.

Em números mais elevados que os demais, os CIOs marginalizados dizem que estão sendo convidados a serem mais inovadores, mas não têm certeza de como fazer isso (52% versus 37%). A inovação pode não ser fácil, mas os CIOs têm um papel importante a desempenhar.

CIOs que se sentem marginalizados também têm menos controle do orçamento de TI do que a média dos 722 líderes de TI, e estão muito mais propensos a assistirem a chamada Shadow IT aumentar. Além disso, passam mais tempo no controle de custos, segurança e em negociação com os fornecedores, e menos tempo liderando a mudança e promovendo a inovação empresarial.

Fonte: CIO Carreira
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
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O CIO está ao lado do CEO

A globalização e o avanço da tecnologia exigem uma nova postura do CIO. Agora, ele precisa ser um estrategista capaz de mirar em resultados – e não mais um simples expert em informática.
Por Frank Dorr e Claudio Elsas, sócios-diretores da Lodestone Management Consultants


Estamos vivendo uma nova era no mundo corporativo – a chamada “Era das Redes de Negócios”. Caracterizada pelo surgimento de tecnologias heterogêneas, como os smartphones, tablets, aplicativos diversos, blogs, redes sociais, plataformas de colaboração, sistemas de análise inteligente de dados etc., esta nova era apresenta como grande desafio a inserção de uma série de novidades nas operações já existentes e nos novos empreendimentos das empresas. E uma dessas novidades – a principal delas – é um novo paradigma no conceito da Tecnologia de Informação (TI).

O paradigma do passado era de que a TI era muito mais uma barreira para o sucesso de um empresa do que um fator de desenvolvimento. Frequentemente, quando o presidente – ou Chief Executivo Officer (CEO) – precisava mudar seus modelos de negócios, ouvia frases do tipo: “Excelente ideia, Sr. Presidente, mas infelizmente a mudança no sistema não é viável, é extremamente complexa e demoraria demais”. Por isso, a TI era muito mais associada a entraves do que a soluções de negócios.

Hoje em dia, com a explosão da inovação tecnológica, esse cenário mudou. O paradigma é outro. A TI não só deixou de ser uma barreira como passou a ser sinônimo de oportunidades de negócios, inovação e competitividade. Que o digam as plataformas de e-commerce, que permitiram às lojas físicas uma atuação nacional ou até global. Se, hoje, o pequeno empresário pode concorrer com o grande, isso se deve principalmente à tecnologia.

Segundo o estudo “Next Generation CIO”, realizado entre 2007 e 2011 pela Universidade Alemã Ingolstadt University of Applied Sciences e publicado recentemente, as macrotendências globais ajudaram a desencadear essa mudança de paradigma no setor TI.

A primeira macrotendência aponta para a necessidade de centralizar e harmonizar sistemas de gestão (ERPs) diferentes dentro da empresa. A globalização e o advento da internet nos processos de negócios deixou um legado: a necessidade de operar em diferentes regiões (com legislações e mercados específicos), países com culturas diversas e, ainda, consolidação de dados em fusões/aquisições. Em termos de tecnologia, restaram sistemas heterogêneos e tipos de tecnologia diversos, que precisam ser ajustados para poderem trocar dados entre si. E mais: é preciso incorporar as novas tecnologias emergentes. Mas como integrar e harmonizar inúmeros sistemas diferentes? Como gerenciar informações unificadamente? De acordo com o estudo, as empresas com atuação global irão operar com, no máximo, cinco sistemas de gestão empresarial. Algumas corporações já atuam com sucesso tendo apenas um ERP em operações globais. A consolidação de tecnologias, plataformas ou sistemas é necessária para o bem da empresa.

A segunda mudança mostra a necessidade de integrar os stakeholders. No futuro, o valor agregado será criado a partir da associação de clientes, parceiros e fornecedores. Ou seja: será preciso envolvê-los cada vez mais no coração dos processos de negócios. Como resultado, a cadeia de valor progredirá para redes de cadeias de valor. Logo, para poder manter e aumentar a qualidade dos produtos, serviços e processos, a área de tecnologia precisará atender às mais altas e diferentes demandas de integração dos processos de tecnologia.

Em terceiro lugar está o aumento do número de novas tecnologias. Se você acha que já temos muitas, saiba que o estudo “Next Generation CIO” indica que cerca de 50 novas tecnologias devem surgir num futuro próximo. Na prática, o CIO precisará gerenciar muitos projetos simultaneamente, o que tornará o processo de priorização cada vez mais complexo. Além disso, será necessário que ele e o presidente avaliem a relação custo/benefício das inovações e os riscos para o negócio.

A última tendência é a de aumento da dependência tecnológica das corporações. Hoje, 59% das operações empresariais não funcionam sem tecnologia. Até 2015, esse percentual será de 88%. Esse dado apenas consolida um fato que já conhecemos: a TI deixou de ser secundária e passou a ser primária. Quase 90% das operações serão dependentes da tecnologia no futuro – ou seja, a TI será a base do sucesso e da eficiência da maioria das operações produtivas.

O valor que o empresário dá à tecnologia pode fazer a diferença entre o sucesso ou o fracasso de uma empresa. Nesse cenário, o diretor de tecnologia ou CIO passa a ter um papel ainda mais crucial. As empresas de sucesso no futuro — independentemente do seu porte — serão aquelas que tiverem um CIO proativo, com perfil mais integrador e bem relacionado. Esse profissional deixará de ser um subordinado do diretor financeiro e passará a se reportar diretamente ao presidente. Ele não será mais somente o expert em TI, mas também um estrategista, um gestor de mudanças que contribui para os resultados. Deixará de ser um diretor de Tecnologia de Informação (Chief Information Officer) para atuar como um diretor de integração tecnológica (Chief Integration Officer).

Portanto, é hora de rever conceitos. Se você é CEO, precisa prestar mais atenção ao seu profissional de TI e trazê-lo para o centro de decisões da sua empresa. É necessário envolvê-lo em suas estratégias e torná-lo seu aliado. A Era das Redes de Negócios já está aí. Será cada vez menos comum ouvirmos frases do tipo “não podemos mudar, o sistema não suporta”. No futuro, a fala ideal dos CIOs será mais ou menos assim: “Sr. presidente, surgiu uma nova tecnologia no mercado e, se implementada, nos possibilitará um incremento de alguns milhões nos resultados financeiros. Que tal?”.

Fonte: Revista Digital
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
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Liderança tem a ver com Emoção

Por Megan M. Biro | 15 de Dezembro de 2013
Tradução: Luciano Zago (@lucianozago)
Texto original: "Leadership is About Emotion"

Faça uma lista com os cinco líderes que mais admira. Podem ser pessoas de negócios, das mídias sociais, de tecnologia, ciência, qualquer área. Agora se pergunte porquê os admira. As chances são altas de que sua admiração seja baseada muito mais do que apenas nas suas conquistas, por mais impressionantes que possam ser. Aposto que todos desta lista o atingem num nível emocional.

Roda das Emoções desenvolvida por Robert Plutchik
(Crédito da imagem: Wikipedia)

A habilidade de atingir as pessoas tal forma que transcende a intelectualidade e a razão é a marca de um grande líder. Todos eles têm isso. Eles nos inspiram, simplesmente assim. E ao sermos inspirados, acionamos o melhor que há em nós e passamos a ser capazes de realizar coisas incríveis.

Sendo assim, esta habilidade de tocar e inspirar pode ser aprendida? Não e sim. A verdade é que nem todos podem liderar, e ainda não há nenhum substituto para o talento natural. Honestamente, estou mais convencida disso agora – percebi a realidade do mundo do trabalho e do engajamento de funcionários. Mas àqueles que lhes faltam um algo a mais para se tornarem uma estrela (nada menos que a maioria de nós), as habilidades de liderança podem ser adquiridas, aprimoradas e aperfeiçoadas.


Conheça Algumas Ferramentas que Ajudarão o Talento a Brilhar


INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. Grandes líderes compreendem a empatia, e possuem a habilidade de captar as necessidades e desejos (às vezes inconscientes, muitas vezes não declaradas) das pessoas. Isto lhes permite discutir sobre essas necessidades e, sempre que possível, atendê-las. Quando as pessoas percebem que são compreendidas e sentem empatia por algo, colocam um PONTO FINAL e estabelecem uma ligação.

APRENDIZADO CONTÍNUO. Me mostre um alguém “sabe-tudo” e lhe mostrarei outro que não tem a mínima noção sobre o ser humano. Curiosidade e desejo insaciável de fazer o melhor sempre é a marca de um grande líder. Eles raramente estão satisfeitos com o status quo , e aceitam naturalmente novos conhecimentos e informações recentes (mesmo que desafiadoras). Isto tem a ver com investir em si mesmo

CONTEXTUALIZE. Grandes líderes reagem a cada desafio com um novo olhar. Sabem que algo que funcionou numa determinada situação pode ser irrelevante em outra. Antes de agir, se certificam que você entendeu os detalhes da situação e adéquam suas ações nesse sentido.

DEIXE IR. Muitas pessoas pensam que liderança é sobre controle. Na realidade, grandes líderes inspiram e então saem do caminho. Sabem que pessoas talentosas não precisam nem querem gestores na sua cola. Liderança tem a ver com influência, orientação e suporte, não com controle. Buscam formas de realizar melhor o trabalho, e então saem do caminho para que as pessoas possam fazer o seu.

HONESTIDADE. Não passa uma semana em sem que se ouça sobre algum líder que perdeu a credibilidade por ter sido desonesto. Muitas vezes isso ocorre por causa das pressões para tentar “medir-se” mesmo não sendo reflexo da realidade; quase sempre está relacionado ao medo de não ser aceito pelo seu verdadeiro “eu”. Vivemos numa era de extraordinária transparência, razão suficiente para ser sempre fiel ao seu âmago – sua missão será revelada, suas motivações se mostrarão por suas atitudes. Mas vai muito além disso. É um ponto que determina um exemplo e eleva a organização. Se você constrói uma reputação baseada na honestidade, será muito mais fácil levar más notícias e enfrentar desafios difíceis. Você tem inspirado as pessoas do fundo do seu coração?

BONDADE E RESPEITO. Líderes (pessoas) legais não terminam por último. Sempre chegam primeiro, e de novo, e de novo. A ignorância e arrogância acabam com a liderança, e são também indicadores de insegurança. Tratar a todos com o mínimo de respeito é um traço de necessidade absoluta da liderança. A bondade é o presente que sempre retribui. Claro, haverá pessoas que mostrarão não merecer respeito e se deve lidar com elas. No entanto esta tarefa será bem mais fácil e terá um impacto menor na sua organização se você tiver uma reputação pautada pela bondade, honestidade e respeito.

COLABORAÇÃO. Os empregos e as carreiras das pessoas são parte integrante de suas vidas. Quanto mais as organizações os tornam parceiros, mais elas entregarão resultados incríveis. Significa, na medida do possível, comunicar as estratégias, objetivos e desafios da organização; isto estimula a adesão e, novamente, é sinal de respeito. As pessoas não serão surpreendidas por contratempos se estiverem num ciclo contínuo.

SEJA PARCEIRO DE SEU GRUPO. Como dito acima, as carreiras das pessoas ocupam uma grande parte de suas vidas. Pode parecer besteira, mas líderes devem ter isso em mente o tempo todo. Descubra quais são os objetivos profissionais de seus funcionários e, então, faça o possível para ajudar a alcançá-los. Mesmo que isso signifique que eventualmente deixarão sua organização. Você ganhará funcionários felizes, produtivos, que trabalham com paixão e comprometimento, e permitirá que sua empresa vá longe e cresça. Além de ser uma oportunidade de deixar a marca de sua grandeza.


Liderança é tanto uma arte quanto uma ciência. Estas ferramentas são diretrizes, não regras rígidas, mas todos precisam desenvolver seu próprio estilo de liderança. Faça dessas ferramentas parte de seu arsenal e as use na medida em que busca atingir as pessoas num nível emocional. Seja humano. É o que importa.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
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O ambiente de TI ficará mais caótico e mais difícil de gerenciar

Mobilidade, consumerização, cloud computing, Big Data e mídias sociais continuarão redesenhando as TIC, mexendo com o cenário global. A gestão de TI nas empresas ficará muito mais complexa mas, ao mesmo tempo, deverá gerar grandes oportunidades.



O ano de 2011 deve ficar marcado na história pelo advento de tendências que acabarão por romper com os atuais paradigmas do setor. A TI do futuro começou a ganhar novos contornos com conceitos e tecnologias como mobilidade, consumerização, cloud computing, Big Data e negócios sociais. Segundo especialistas, essas tendências criarão um ambiente em que a gestão da tecnologia nas empresas ficará muito mais complexa mas, ao mesmo tempo, vai gerar grandes oportunidades. A TI dos próximos anos será a chave para o desenvolvimento de novos negócios e para o aumento da competividade.

No ano em que se iniciou essa nova fase de transformações, outro desafio da TI foi dar resposta à grave crise dos países desenvolvidos. Em 2011, os números do setor mostram que ele respondeu bem às dificuldades econômicas dos Estados Unidos, da União Europeia e do Japão. Segundo a consultoria IDC, a TI deve atingir faturamento de pouco mais de 1,7 trilhão de dólares, o que significará crescimento de 7,3%, taxa que foi garantida, em grande parte, pelas nações emergentes como China, Brasil e Índia. Para o mercado brasileiro, o instituto prevê expansão de 13%, já para China e Índia, a expectativa é que tenham incremento de 21% e 12%, respectivamente.

Cláudio Soutto Mayor, líder da área de Consultoria de TI da Deloitte, diz que o ano de 2011 foi um período de aprendizado em relação aos impactos causados pelo avanço do conceito de cloud computing, mobilidade e necessidade de uso de soluções analíticas. “A combinação desses três fatores acarretou em mudanças globais da TI. Mas aqui no Brasil estamos em momento favorável na economia, que deve ajudar no crescimento das empresas e consequente aumento de investimentos em TI”, afirma.

Um pouco abaixo da média mundial, e representando algo em torno de um terço do total do faturamento da TI global, o mercado norte-americano deve apresentar aumento de 6,7% neste ano. Já a Europa Ocidental, não crescerá mais do que 3,5%, segundo previsões da IDC. E o Japão, afetado pela crise econômica e pelos efeitos do terremoto e pelo tsunami, que atingiram o país no primeiro trimestre, terá desempenho negativo, com recuo de 2,4%.

O gerente-geral da IDC Brasil, Mauro Peres, informa que as dificuldades econômicas de 2011 foram amenas se comparadas à gravidade da crise de 2008 e 2009, que levou à suspensão dos investimentos. “Grandes projetos são os que mais sofrem quando há uma crise mais profunda. E o que se viu em 2010 e 2011 foi a retomada de muitos investimentos que foram interrompidos em 2008 e 2009”, diz o executivo. Em 2011, prossegue, o mercado de serviços de TI manteve constância, por ser mais estável.

Segundo ele, a expectativa é de que os países desenvolvidos cresçam mais do que neste ano, com os da Europa apresentando incremento de 4,9%, os Estados Unidos, 7,1%, e o Japão se recuperando, com expansão de 3,5%. Já os países emergentes sofrerão desaceleração, sentindo os efeitos da crise econômica internacional. No entanto, esses mercados continuarão com taxas mais altas. Na América Latina, a expectativa é de alta de 9,8%, ante 13,2% em 2011, sendo que o Brasil expandirá 11,5%. “O País vai continuar avançando, com previsão de crescer quase quatro vezes o PIB”, afirma Peres, lembrando que o Brasil, junto com Índia e China, continuará a ser um dos mercados mais cobiçados pelas empresas.

Segundo o analista de mercado da IDC, Martim Juacida “a mobilidade está no centro das atenções dos consumidores”. A condição da economia no País, somada ao fato de a classe média continuar com acesso a crédito, faz com que o segmento aponte para números maiores a cada trimestre.

Mayor, da Deloitte, acrescenta à explosão da mobilidade, o aumento da demanda por aplicações de inteligência de negócios, que acabaram saltando para os dispositivos móveis, aprimorando e agilizando as tomadas de decisão e aquecendo ainda mais a febre de tablets e smartphones.

Independentemente do desempenho do setor de TI no mundo, o que não muda são as atuais tendências para aquilo que a IDC definiu como a “Terceira Onda de Tecnologia”. Segundo Peres, redes sociais, explosão de dados, mobilidade e nuvem, são ingredientes disruptivos, que alteram a forma como a Tecnologia da Informação será desenvolvida no futuro. Por conta disso “o ambiente de TI está ficando mais caótico e mais difícil de ser gerenciado. Trata-se de uma época em que a tecnologia está se fragmentando. Um ambiente em que ela é mais complexa de ser gerenciada, porém com maior potencial de se usá-la para gerar valor ao negócio”.

Com a explosão do universo digital, o gestor de TI precisa ter consciência de que terá de trabalhar muito para minimizar o risco que esse nível caótico pode gerar. Para o executivo da IDC, o CIO deve conscientizar-se de que, cada vez mais, perderá o controle sobre a tecnologia acessada pelos usuários nas empresas. “O crescimento de informações em zetabytes é exponencial. Em 2020, vamos ter mais smartphones do que PCs, até dez vezes mais servidores no mercado de TI do que existem hoje, 70 vezes mais informações para serem gerenciadas e o número de pessoas alocadas em TI vai crescer apenas uma vez e meia. E o orçamento somente duas vezes maior”, diz.

Segundo dados do instituto de pesquisas Gartner, em 2010, a base instalada de PCs móveis e smartphones superou a de PCs. Cerca de 20 milhões de tablets (como o iPad) foram vendidos em 2010, mas, até 2016, o Gartner estima que 900 milhões de tablets serão comercializados, o que representa um equipamento para cada oito pessoas do planeta. Até 2014, os dispositivos baseados em sistemas operacionais móveis [como o iOS da Apple, o Android do Google, e o Windows 8 da Microsoft] superem todos os sistemas baseados em PCs.

“Há três anos, medimos o uso corporativo das redes sociais. Menos de 20% das empresas empregavam em 2009. Em 2011, mais da metade das companhias já a adotou para alguma função corporativa”, diz Peres.

Para os analistas do Gartner, o crescimento das mídias sociais tem significado o advento da informação instantânea, com a criação de um ambiente para aplicativos sociais e preparado terreno para a era dos negócios digitais. O vice-presidente do Gartner, Peter Sondergaard, afirmou durante o evento Gartner Symposium ITxpo 2011, realizado no final do ano passado, em São Paulo, que o próximo estágio da chamada computação envolverá clientes, cidadãos e funcionários com os sistemas corporativos.

“Com 1,2 bilhão de pessoas nas redes sociais - cerca de 20% da população mundial – a computação em nuvem está em nova fase. Os líderes de TI devem incorporar imediatamente as capacidades de software social em seus sistemas empresariais”, disse Sondergaard.

Na opinião do executivo do Gartner, o tradicional data warehouse empresarial, centralizando todas as informações necessárias para as decisões, não terá lugar nessa nova era. Para Sondergaard, múltiplos sistemas, incluindo gestão de conteúdo, data warehouses, data smarts e sistemas de arquivos especializados, unidos com serviços de dados e metadados, vão se tornar um warehouse “lógico” dos dados empresariais. “A informação é o combustível do século 21, e as análises, o motor de combustão”, descreve Sondergaard.

Nesse estágio, entra outra tendência disruptiva, pois essa busca por análises vai gerar um volume sem precedentes de informações com enorme variedade e complexidade. Isto está levando a uma mudança nas táticas de gestão de dados, conhecida como Big Data, criando o que o Gartner denomina Estratégia Baseada em Padrões (Pattern-Based Strategy Architecture, em inglês), que busca sinais e os modela pelo seu impacto – e, depois, os adapta ao processo de negócio da organização.

Fonte: CIO Gestão
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
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Como 7 presidentes de empresa fazem a rotina caber na agenda

Saiba como executivos de grandes empresas administram suas atividades ao longo do dia para terem uma agenda organizada e garantir um melhor aproveitamento do tão curto e precioso tempo
Por Talita Abrantes, da revista Exame.com


São Paulo - Ter sob sua batuta uma companhia inteira demanda tempo, agilidade na hora de tomar decisões e, em alguns casos, o celular ligado 24 horas caso algum imprevisto aconteça. Mas qual a estratégia dos presidentes de empresa para fazer tanta responsabilidade caber na agenda?

Conversamos com os líderes de empresas como Facebook Brasil, Sanofi-Aventis e Ogilvy, entre outras, e todos chegaram a um consenso: ser o principal executivo da companhia ou o dono do negócio exige disciplina e um meticuloso planejamento. Além de começar o dia bem cedo: para alguns, o expediente começa antes mesmo do café da manhã - às 5h30.

Veja quais as táticas deles para fazer uma boa administração do tempo para que ele renda:


Leonardo Tristão, diretor-geral do Facebook Brasil

Quem disse que rede social só serve para que você perca tempo durante do expediente? Pois para Leonardo Tristão, diretor-geral do Facebook Brasil, além de foco do trabalho, ele usa o site para gerir o próprio tempo. Junto com a agenda do celular (que é integrada a outros dispositivos), ele usa os eventos da rede social para os compromissos pessoais.

Mesmo trabalhando em uma operação online, ele afirma que a principal estratégia para gerir o tempo é manter o foco e aprender a priorizar de uma maneira estratégica. E, neste contexto, falar não de vez em quando é preciso.

Planejamento é a palavra-chave para fazer o tempo render, segundo ele. “Existe um ditado em inglês que expressa bem isso ‘planeje o trabalho e trabalhe o plano’”, diz.

Isso não significa que a rotina de um executivo deve ser engessada. Ser flexível, neste sentido, é essencial “para alterar as prioridades à medida que as necessidades imediatas aparecem”, afirma.

“A conexão à internet permite as pessoas trabalharem em qualquer hora e lugar. As ferramentas permitem isso. No entanto, incentivo a minha equipe e eu mesmo pratico a filosofia de que é necessário balancear vida pessoal e profissional. Isso tem muito a ver com planejamento e prioridades”, afirma.


Sérgio Amado, presidente do Grupo Ogilvy Brasil

Objetividade. Esta é a palavra de ordem na rotina de Sérgio Amado. E ela se traduz na maneira como ele conduz as reuniões (ele odeia encontros que ultrapassem uma hora) e como lida com e-mails, por exemplo.

“Não faço e-mail com mais de dez linhas”, conta. E, em alguns casos, a resposta não passa de uma palavra, como ok, sim, não, talvez. “Prefiro olhar no olho de cada executivo que trabalha comigo”, afirma. Neste caso, os papos também tendem a não ser muito longos. Dependendo do assunto, não ultrapassam 15 minutos.

Para ele, o papo de que para ser executivo é preciso estar ligado no trabalho 24 horas por dia é besteira. O expediente dele começa às 8h30 e termina às 19h, no máximo, 20h. “Ainda dá tempo de chegar em casa para assistir a novela”, brinca.

Às 21h45, o e-mail do celular é desligado automaticamente. “O celular fica 24 horas open porque tenho família”, diz.


Ernesto Haberkorn, sócio-fundador da TOTVs e diretor da TI educacional

A rotina de Haberkorn é milimetricamente planejada. Entre levantar da cama e rumar para o escritório, ele leva, todos os dias, exatamente 1 hora e 22 minutos. Neste período, ele faz 12 atividades. “Cada uma dura de 5 a 10 minutos. É uma espécie de ritual”, afirma.

Às vezes, a rotina começa mais cedo ainda, às 5h30. Ele aproveita este período para fazer atividades do trabalho que exigem mais concentração, como programar.

Apesar da rotina organizada, Haberkorn admite que imprevistos acontecem e prever um espaço para eles na agenda é preciso. Mas, mesmo nestes casos, é essencial assumir o controle da situação.

“As atividades não previstas acabavam consumindo de 30% a 40% do tempo total. Então, eu comecei a me cuidar neste sentido”, conta. Uma das estratégias mais eficazes: interromper conversas não programadas. “Você precisa ter disciplina para fazer isso”, afirma.

Tornar o roteiro da agenda um hábito contribuiu para que o tempo renda mais, ele explica. Por exemplo, no horário do almoço, todos que trabalham com Haberkorn sabem que é o tempo que ele dedica para a academia.

“Aos 70 anos, você já está nos 25 minutos do segundo tempo. Você pensa: ‘eu não posso perder um minuto’”, brinca.


Acacio Queiroz, CEO da Chubb Seguros

Para economizar o tempo entre chamar e esperar que a pessoa rume até a sala dele, Acácio Queiroz prefere ir direto para a mesa do funcionário. “Levo três minutos entre ir, voltar e saber tudo”, conta.

A prática garantiu menos reuniões longas e despediosas na agenda. "Só de não fazer tanta reunião e falar direto com as pessoas ganha uma velocidade de tempo”, diz.

Checar e-mail toda hora? Nem pensar. Na agenda de Queiroz, a leitura do correio eletrônico tem hora marcada. “De manhã, antes do almoço, na hora de sair. Responde e acabou”.


Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels

O dia de Chieko Aoki começa cedo. Às 6h, ela já está se dedicando a algum exercício físico. O expediente começa nos 40 minutos de percurso para o trabalho. É ali, no carro, que ela toma o café da manhã e checa e-mails.

A principal estratégia para fazer o tempo render é não enrolar, diz. “A gente vai e volta. Nossa, isso come um tempo danado”, afirma. “É preciso ter a prática de decidir. É duro, mas é um treino”.

A meta é responder todos os e-mails que recebe no mesmo dia. Se o assunto leva mais tempo, ela responde mesmo assim. Apesar de usar a agenda do iPhone, ela não largou mão da de papel. “A gente fica refém da máquina, tenho medo que as coisas sumam”, diz.


Fernando Sampaio, diretor-geral da Sanofi-Aventis

Para Fernando Sampaio, os dois principais ladrões de tempo no trabalho são claros: reuniões e e-mails. Para minimizar os efeitos colaterais das ferramentas na própria agenda, o executivo determinou algumas políticas.

Em termos de reuniões, o antídoto foi investir em periodicidade, possibilidade de delegação e eficiência. Com isso, agora, além de um prazo para acontecer, são só convidadas pessoas que, realmente, irão agregar à discussão e todos recebem o assunto definido antes. Em outros casos, ele delegou a missão de representá-lo em alguns encontros.

Para estender esta prática a todos os funcionários, a empresa distribuiu o “cubo da eficiência”, um cubo de acrílico com recomendações para reuniões mais eficientes e uso racional de e-mails.

“De cara, já conseguimos uma economia de 10% no tempo. Se eu gastava 100 dias do ano com reuniões, agora deixo de gastar 10”, mensura.


Eduardo Barella, CEO da Progen

Para Barella, carro próprio só existe nos finais de semana. Nos dias úteis, ele se locomove apenas de táxi. Além de economizar, o executivo aproveita o percurso para responder e-mails e ler notícias.

Na hora de lidar com as mensagens eletrônicas, ele usa um método de comunicação próprio com a assistente dele. “Encaminho os e-mails que ela tem que me lembrar no final do dia com uma sigla que sempre remete a uma ação que o assunto vai trazer”, explica. Na caixa de entrada, ficam em negrito todos os e-mails que ele precisa acompanhar.

Para Barella, disciplina é a palavra chave para fazer o tempo render. Mas não só. “Monte uma boa equipe que você confie e permita que você extraia do seu tempo o melhor”, diz.


Fonte: EXAME.com
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Postado por Unknown

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