terça-feira, 16 de agosto de 2011

Conheça algumas empresas que nasceram da inovação e se tornaram exemplos de sucesso pela dedicação, visão altruísta, perfil humano e referência familiar

Como 10 empreendedores conseguiram alavancar grandes negócios no Brasil superando os desafios do mercado e obtendo lucros milionários ou até bilionários? Visão holística e altruísta, foco, determinação, planejamento, ética, jogo de cintura, perfil humano e referência familiar foram fatores determinantes.

As dicas e segredos para crescer, os pontos em comum, dificuldades superadas e histórias particulares desses empresários são relatados no livro ‘Startup Brasil’ (ed. Agir), de autoria de Pedro Mello e Marina Vidigal, lançado em julho.

Miguel Krigsner (O Boticário), Romero Rodrigues (BuscaPé), Maurício de Sousa (Turma da Mônica), Elói D’Ávila (Flytour), Alexandre da Costa (Cacau Show), Marcus Hadade (Arizona), Pedro Cabral (Agência Click), Vasco Oliveira (AGB Logística), Gilberto Mautner (Locaweb) e Daniel Mendez (Gran Sapore) tiveram muita persistência e determinação. Alguns deles possuem uma característica importante em comum: referência empreendedora dentro da família - desde crianças viveram em ambientes onde o assunto primordial sempre foi relacionado a negócios.

O fundador do Boticário, Miguel Krigsner, quando criança, trabalhava no caixa do negócio da família em pleno sábado, quando seus amigos jogavam bola. “Tudo começou com uma farmácia de manipulação, em 1977, com um investimento de apenas 6 mil dólares. Em 30 anos, a empresa já reunia 3.000 lojas espalhadas pelo Brasil e em dez países tornando-se aqui referência em franquias”, conta a jornalista Marina Vidigal, que também é autora de ‘Para ser Grande’ (Ed. Original).

Ao contrário de alguns, o empresário Elói D’Ávila de Oliveira, dono da Flytour, teve infância humilde e chegou a viver como menino de rua. Ainda jovem, ingressou no turismo como office-boy da agência Stella Barros. “Trabalhou muitos anos neste setor enfrentando desafios e dificuldades até criar a Flytour, que depois se tornou a maior emissora de bilhetes aéreos do país com faturamento de quase R$ 3 bilhões em 2010”, conta Marina.

Após enfrentar processos de falência (dois em empresas do pai e um do Mappin), segundo a autora, Vasco Oliveira quis identificar novos nichos, elaborou um plano de crescimento e abriu a AGV Logística. Graças a sua vasta bagagem acadêmica e perfil de planejamento, a empresa ocupava, oito anos depois, a liderança em logística no setor veterinário. Atuando também em outras frentes, seu último faturamento anual foi de R$ 650 milhões.

Segundo os autores, Alexandre Costa, da Cacau Show, revela uma atitude extremamente determinada por gerenciar a abertura de mais de 200 lojas em 2008. O empresário sabia das dificuldades e riscos, porém a vontade e crença na capacidade de realização o motivaram a ousar.

Em sua empresa, Costa afirma que reina a “cultura da mão na massa”: quando há um objetivo, a equipe toma as decisões e as coloca em prática, independente dos contratempos.”

No livro ‘Fora de Série: Outliers’, do jornalista britânico Malcolm Gladwell, são citadas histórias de personalidades de sucesso, como Beatles e Bill Gates. Ambos dedicaram cerca de 10 mil horas de treinamento durante 10 anos, antes da concretização dos negócios. A maioria dos dez empreendedores apresentados no ‘Startup Brasil’ também teve essa longa experiência prática antes do sucesso.

Para Pedro Mello, outro ponto em comum, que envolve nove dos dez empresários, é a dedicação por toda a vida ao mesmo negócio. Com exceção de Pedro Cabral, da Agência Click, os demais sempre optaram pela mesma área de atuação. Além da persistência e determinação, os empresários possuem uma outra característica importante: ousaram para criar mercados novos na época, preenchendo uma lacuna até então vazia.

Quando selecionaram os dez empreendedores para o livro, Mello e Marina sabiam que tinham montado um grupo com uma característica em comum. “Se tivesse que apontá-la, diria que seria uma visão holística e altruísta do mundo. Entre os empreendedores, Miguel Krigsner é o que mais personifica isso, com uma de suas colocações mais marcantes: ‘Pensar apenas no dinheiro é uma das maiores pobrezas que um ser pode ter’”, destaca o autor.

Vários dos empreendedores que contam suas histórias no ‘Startup Brasil’ têm um perfil mais humano e lidam com intenso volume de trabalho sem deixar de lado a família, o lazer e a saúde. Talvez por isso, segundo os autores, esses empresários tenham conseguido alavancar e transformar pequenos em grandes negócios.

Descobriram que o sucesso sem equilíbrio é momentâneo e não tem bases sólidas para se sustentar. Se houver troca constante de profissionais, a única cultura que se perpetua é a do estresse.

“Para inovar, acredito que o segredo mais importante é se conhecer muito bem, para entender seus pontos fortes e fracos. Depois disso, certamente, ter paciência e ser resiliente. Mas, em meus estudos, descobri nove maneiras de empreender. Ter consciência de qual é sua é algo fundamental”, conclui Mello.

Afinal, qual a sua maneira de empreender?

Fonte: Portal HSM

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